1988 -> 1998 – Em busca de novos territórios

1988 -> 1998 – Em busca de novos territórios

No fim de 1988, junto com a construção da sede, o Grupo também dava um passo importante para continuar atraindo adultos que queriam de alguma maneira se vincular ao Movimento Escoteiro, mas não desejavam ser chefes de seção. O antigo Círculo de Antigos Escoteiros se tornava o Clube da Flor de Lis, dessa vez devidamente autorizado pela União dos Escoteiros do Brasil. O casal Mariovani Cervi e Ronilde Carsten Cervi foram os primeiros coordenadores.

CFL em ação durante o 1º Acampamento Escolar, em Campo Largo, em 1991.

A nova sede deu estabilidade aos escotistas e às famílias do GESD e abriu espaço para que os escoteiros pudessem pensar em outras atividades, como os grandes acampamentos nacionais e internacionais, seja com jovens seja com adultos coordenando bases ou mesmo acampamentos inteiros. No Ajuri Nacional de 1990, realizado no Parque Osório, em Tramandaí/RS, o Grupo participou ativamente da organização da delegação do Paraná.


Dois momentos em campo, um sem chuva e outro com chuva, durante o Ajuri Nacional de 1990, em Tramandaí/RS. E visita à Base Aérea de Canoas.

Em 1991, o Santos Dumont mais uma vez é pioneiro, e organiza o 1º Acampamento Escolar, na cidade de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba. O objetivo da atividade era proporcionar a jovens da rede pública de ensino um fim de semana de atividades escoteiras para, quem sabe, estimular a criação de novos grupos. A atividade foi um sucesso, e, a partir dela, foi fundado o Grupo Escoteiro Barro Vermelho, o primeiro de Campo Largo, infelizmente hoje não mais em funcionamento.

Dois momentos do 1º Acampamento Escolar, em Campo Largo, em 1991, e cerimônia de promessa da inauguração do Grupo Escoteiro Barro Vermelho.

Na sede, e quem sabe ainda com uma lembrança fresca do incêndio, os escotistas criaram a primeira Comissão Escoteira de Prevenção de Acidentes (Cespa). Adultos que participavam ou haviam participado de Comissões Internas de Prevenção a Acidentes em suas empresas modelaram a Cespa para funcionar de maneira semelhante, mas com a presença dos jovens. Vários escoteiros puderam usar extintores de incêndio e treinar em salas de fumaça para poderem estar “Sempre Alerta” em caso de necessidade.

Escoteiros em treinamento para participar da Cespa, em 1991.

Ainda em 1988, com a participação decisiva do escotista Aristides Brodeschi, o Grupo funda o seu Grêmio de Radioamadorismo. Em uma época de pouca tecnologia, o radioamador era o meio de comunicação com o mundo. Para os mais jovens que hoje aproveitam o JOTI (Jamboree on the Internet), vale lembrar que ele foi uma evolução do JOTA (Jamboree on the Air), que desde 1957, no Jamboree do Cinquentenário, une escoteiros de todo o mundo pelo rádio (saiba mais clicando aqui). O radioescotismo era presença constante nos acampamentos do GESD e em 1998, no Acamgesd realizado na Chácara do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET, hoje UTFPR), o GESD conseguiu um contato com escoteiros da Tailândia.

Aristides Brodeschi e seu rádio em ação, no Acamgesd de 1996.

Como o Brasil era pequeno demais para o Santos Dumont, 1995 marca a primeira participação de jovens de nosso Grupo em uma atividade mundial. O sênior Marcelo de Pelegrini e o chefe Mauro Alberti viajam para participar do 18º Jamboree Mundial, realizado na Holanda. Quase trinta mil jovens e adultos se reuniram nos 11 primeiros dias de agosto daquele ano para celebrar a fraternidade escoteira mundial. Em 1996, o Paraná realiza seu acampamento regional, na cidade de Londrina. O GESD participa com uma das bases mais marcantes da atividade, a de Pioneirias.

Tropa Sênior do GESD exibindo sua maestria com grandes pioneirias.

Artigo especial:

Radioescotismo