2018 – 2028 >- Da pandemia à…?

Com 60 anos de vida, mas sentindo-se como um jovem, o GESD fechava as festas de aniversário em dezembro e preparava-se para entrar em 2019 com grande estilo. Em Julho daquele ano uma patrulha e vários adultos do GESD estiveram presentes ao XXIV Jamboree Mundial Escoteiro, realizado no estado de West Virgina, nos Estados Unidos. Lá, 45 mil jovens de 150 países puderam vivenciar a fraternidade escoteira. No fim de 2019, foi feito um dos maiores AcamGESD de todos os tempos. O grupo contava com três alcateias, duas tropas escoteiras, uma tropa sênior com mais de 24 integrantes e um Clã de Pioneiros atuante e numeroso.

Mas 2020 seria o ano em que tudo viraria do avesso. As notícias que vinham da China eram preocupantes, mas parecia que a onda não chegaria tão forte ao Brasil. Em sete de março estávamos todos na sede para a abertura geral do recomeço das atividades. No sábado seguinte, todos juntos novamente. E aí, o baque. Por conta da pandemia do novo coronavírus, todas as cidades do Brasil fecharam. Jovens e adultos ficaram confinados em casa, com medo de sair às ruas e serem contaminados por uma doença nova e desconhecida, a Covid-19. E, logicamente, as atividades escoteiras em todo o País – e no mundo – pararam.

Foi um tempo de se reinventar online. Rapidamente a União dos Escoteiros do Brasil começou a criar atividades para serem aplicadas pelo computador, cada um em sua casa. Zoom, Google Meet, Facetime, Discord e outras tantas palavras novas foram adicionadas ao vocabulário. Em vez de “oi”, “vocês me ouvem bem?”. Em vez de “fale mais alto”, “você mutou”, e por aí foi. Foram 15 meses de angústia e espera. Mas deu para fazer quase tudo, de uma certa maneira. Teve Jogos da Fraternidade, teve Grande Caçada Nacional, teve Desafio Sênior, teve Aventura Escoteira, teve Mutirão Pioneiro, teve de tudo. O Santos Dumont conseguiu, apesar da pandemia, manter um efetivo acima de 200 registrados em 2020, sendo uma exceção dentro do Escotismo Brasileiro.

Em 2021, ainda não havia sinais de que poderíamos voltar, apesar de haver esperança, principalmente após o início da vacinação, em janeiro daquele ano. Mas no primeiro semestre a situação ainda era difícil. Mas quando Agosto chegou, a alegria voltou. A UEB autorizava o retorno às atividades presenciais, ainda que apenas em sede inicialmente. E logo o GESD mostrava novamente que era um Fênix sempre pronta a renascer. A cada atividade presencial, mais e mais gente comparecia, novos e antigos. A cada sábado, nossa sede e o Colégio Julia Wanderley se enchiam de risadas e gritos felizes, sempre seguindo o protocolo de segurança – novos tempos, novos hábitos. O retorno no GESD foi um sucesso tão grande que o grupo se tornou o maior do Paraná em efetivo durante alguns meses.