Iara Elizabeth Linzmeyer Kalinowski
“Minha filha Cristina era bandeirante no SESC da José Loureiro, e meu filho Homero precisava de uma atividade diferente. Como o SESC também abrigava o Santos Dumont àquela época, inscrevi o Homero no Grupo, entre o fim de 69 e o início de 70, não me lembro ao certo. A partir dessa época, nossa família começou a se entrosar nas atividades do grupo. Meus filhos Carmem e Hipólito entraram depois como chefes, enquanto minha filha Cristina entrou quando o Grupo abriu a participação de meninas no Clã de Pioneiros.
A ideia de criar uma Comissão de Mães partiu de uma necessidade do Grupo, de arrecadarmos fundos para as atividades, pois não tínhamos patrocínio. Mas não era só dinheiro o que procurávamos, queríamos também trazer mais famílias para o movimento para que os pais vissem o que seus filhos estavam fazendo. Nós organizamos muitas atividades sociais, como churrascadas, chás, cafés coloniais, jantares etc, sempre com a participação dos homens também, não eram só as mães que trabalhavam.
Minha casa acabou ficando de base informal desse grupo de mães que se reunia periodicamente, seja para preparar as atividades, seja para sediar algumas. A gente começou a se reunir quando o Grupo era no SESC. Posso dizer que as pessoas que faziam parte dessa comissão foram decisivas para que o Santos Dumont não acabasse durante os anos de peregrinação pelas diversas sedes até que a gente conseguisse encontrar a sua sede dentro do Colégio Julia Wanderley. Nós realmente éramos uma família, entendíamos que um tinha que cuidar dos outros, fosse criança, escotista ou pai, estávamos sempre juntos. Foi uma época muito prazerosa, tínhamos muito entrosamento e tenho certeza que todos os que participaram se desenvolveram como pessoas e aproveitaram bastante os momentos juntos.”