Leindemir Gabardo

Leindemir Gabardo

Cão de Pioneiros do GESD em 1980. Leindemir é a primeira à direita, se protegendo do sol.

“Entrei no Clã de Pioneiros logo no seu início, era o começo da coeducação no escotismo brasileiro, e o Santos Dumont era um dos escolhidos para implantá-la, muito devido à vontade do Elson Magalhães, que era Chefe de Grupo e achava isso importante para formar novas chefes mulheres. No começo havia muito pouco material sobre o Ramo Pioneiro, e a gente ficava meio perdido, sem saber se fazíamos atividades como os escoteiros e sêniores ou diferentes. O que a gente fazia era tentar seguir o lema dos Pioneiros, Servir, e fazer atividades de cunho comunitário. Não fizemos tantas quantas poderíamos, até por essa ausência de material, mas fizemos o que pudemos.

Eu fui a primeira pioneira mulher Insígnia de BP no Brasil. Meu projeto foi desenhar o distintivo que até hoje simboliza o ramo, uma mão que segura a forquilha dos pioneiros, como BP escreveu em seu livro Lições da Escola da Vida. Eu estudava design gráfico à época, e alguém me sugeriu de fazer esse distintivo, pois o ramo não tinha um. Fiz e no ano seguinte, junto com a entrega da minha insígnia, o distintivo foi adotado de maneira oficial pela UEB. O Escoteiro Chefe do Brasil à época estava em Curitiba e me entregou a Insígnia. E como era tudo novo, eu e um colega da faculdade, um chinês chamado Kung Dahr Luen, que também entrou no Clã, fazíamos o distintivo em serigrafia, em casa mesmo. Só depois que a UEB começou a fazer o distintivo bordado.

O começo do Clã misto também teve suas resistências e percalços. Mas o Santos Dumont é um grupo de mulheres fortes e valentes. Sempre brigamos pelo nosso espaço no grupo e creio que o conquistamos e somos parte decisiva para que o Santos Dumont seja hoje o Grupo que é.”