Wilton Kuster

“Quando entrei no Grupo, a sede era debaixo da arquibancada da pista esportiva do Colégio Estadual do Paraná (CEP). Graças ao Padre Euvaldo, ainda tínhamos muito contato com a Força Aérea Brasileira, que nos sedia os caminhões para transporte quando precisávamos; e, eventualmente, fazíamos atividades na própria base aérea do Bacacheri. E o Padre Euvaldo, que oficiava muitas missas em conventos, sempre conseguia emprestadas áreas para acamparmos.
O início do Grupo foi muito na base da raça mesmo. Os nossos uniformes eram os mesmos usados pelos cadetes da Força Aérea, não tinha um especial para escoteiros. E os distintivos e manuais só vinham quando alguém trazia do Rio de Janeiro, que tinha mais escoteiros.
Dentro todos os distintivos e especialidades, conquistas aquelas específicas da modalidade do Ar era uma questão de honra, e a de aeromodelismo era uma unanimidade entre nós. Havia vários requisitos a cumprir, e nós trabalhávamos bastante para consegui-la. Fui escoteiro por três anos, cheguei a ser monitor da minha patrulha, mas acabei me afastando do movimento por questões de estudo. No entanto, até hoje guardo suas lições, tudo o que aprendi serviu muito para minha formação pessoal. Questões como patriotismo, lealdade, trabalho em equipe, aprender a se virar com poucos recursos, tudo isso eu trago até hoje e usei muito em minha vida profissional. E para mim foi uma surpresa saber que o Santos Dumont continua vivo e forte!! Fico muito feliz de ter feito parte da história do grupo e mais feliz ainda de saber que o que fizemos lá trás deu frutos!”