Clã se aventura no Camapuã e Tucum

Por Sophia Anna D’Haese Roennfeldt

No dia 24 de novembro de 2019, o Clã Pioneiro Santos Dumont e alguns familiares se encontraram às 6h da manhã em frente ao grupo escoteiro. Na noite anterior discutíamos fervorosamente as possibilidades de realizar o ataque ao cume devido as condições climáticas: uma forte chuva persistia e desanimava nossos pioneiros. Mesmo assim, na manhã seguinte saímos por volta das 6:30 da manhã rumo à Chácara do Bolinha, em Campina Grande do Sul, local em que inicia a trilha. Na estrada pegamos uma leve garoa que teimava permanecer, mas que não foi capaz de nos desanimar. Chegamos ao pé do morro, por volta das 7:30 da manhã.

Começamos nossa caminhada, ainda sob chuva, em uma trilha de mata fechada. Após uns 5 minutos de caminhada cruzamos o rio pela primeira vez, a trilha estava bem molhada, por causa das chuvas dos dias anteriores, encontramos duas árvores enormes até que chegamos a uma bifurcação. A bifurcação, bem enlameada na ocasião,  divide o caminho em três trilhas: a da direita vai para o Cerro Verde, a do meio para o Ciririca, o morro mais difícil do Paraná, e a da esquerda, que foi a que seguimos, vai para o Camapuã e o Tucum.

A partir deste ponto, a trilha se tornou mais íngrime e escorregadia, até que ela se abriu e começamos a subir a parte final do morro e mais íngreme da trilha, a rampa do Camapuã. Após quase 3 horas de caminhada, chegamos ao cume do Camapuã, a 1.715m do nível do mar. Não apreciamos a prometida vista do Pico Paraná, pois o tempo estava nublado (um bom motivo para voltar!), comemos e descansamos apreciando o mar de nuvens à nossa frente.

Após uns 15 min, algumas pessoas decidiram seguir a trilha para o cume do Tucum enquanto os outros ficaram descansando no cume do Camapuã.  Iniciamos a trilha para o Tucum sem enxergar o nosso objetivo, por causa das nuvens. Descemos do Camapuã para um vale e logo começamos a subir de novo. A trilha estava muito escorregadia, chegamos ao cume do Tucum, a 1.719m do nível do mar, 30 minutos após a saida do Camapuã, lá eternizamos nossa visita, com a assinatura de nossos nomes no caderno. Já encharcados, começamos a descida, sempre acompanhados por uma enorme nuvem.

Depois de alguns escorregões voltamos ao Camapuã, reencontramos o restante do nosso grupo e, finalmente, o tempo um pouco mais aberto com a vista da represa ao fundo. Após algumas fotos, iniciamos a descida. Chegamos perto das 16h no pé do morro e voltamos para Curitiba, cansados, mas muito felizes e com sentimento de missão cumprida.

Esta aventura faz parte do meu projeto de insígnia que tem por objetivo estimular a atividade física e orientar participantes quanto aos cuidados a serem tomados ao aventurar-se morro acima. Ficaram animados e querem uma aventura similar? Contem comigo, afinal, meu lema é Servir!